Texto: Luis Guilherme Virgílio

Mais uma vez a Marvel Studios acerta a mão e o tom em seu novo filme Capitão América: Guerra Civil, utilizando sua fórmula habitual de cenas de ação belamente coreografadas, momentos de tensão e inserções estratégicas de alívios cômicos (principalmente por conta no incrível Homem-Aranha do Tom Holland), o que faz as mais de 2 horas de filme passarem praticamente despercebidas.

Parecendo mais como um filme dos Vingadores do que de fato do Capitão América, somos introduzidos a novos personagens do universo Marvel, dentre eles o Pantera Negra, um dos destaques do filme, e o Homem-Aranha, finalmente entregue às mãos da Marvel. A introdução dos novos personagens é bem abrupta, dispensando histórias de origem, mas o que em nada os desvaloriza. A trama gira em torno do “tratado de Sokóvia”, um documento que visa à regulamentação e pose governamental daqueles indivíduos dotados de alguma habilidade especial; o interessante é que mesmo no decorrer do filme, o espectador se insere nos dois lados da “guerra”, ficando dividido entre o lado mais político e comedido do Homem de Ferro, ou o lado mais nobre e passional, do Capitão América.

Sem estragar a surpresa, as raízes do embate são mais profundas do que aparentam.

O filme funciona tanto como uma continuação de Capitão América: Soldado Invernal, quanto uma preparação para a Fase 3 da Marvel nos cinemas. Os irmãos Joe e Anthony Russo coordenam com maestria as cenas de ação, o que é notório no embate que muito foi antecipado nos trailers: a briga dos dois lados da guerra na cena do aeroporto. Toda a sequência, que tinha tudo para ser um pouco confusa na ação por conta dos inúmeros personagens, é mostrada de forma genial, tanto no âmbito individual, normalmente mostrando o embate 1×1, ou no âmbito geral, onde existe a interação de muitos heróis. A icônica cena do Homem-Formiga na flecha do Gavião Arqueiro está lá…porém de longe não é a cena mais interessante do Homem-Formiga, aguardem! E só pra ratificar, o Homem-Aranha é um dos grandes destaques da cena, sendo basicamente o alívio cômico.

Assim, o filme consegue satisfazer os fãs mais ávidos, com cenas de ação surpreendentes, uma boa apresentação de novos heróis e um aprofundamento no desenvolvimento de antigos personagens, principalmente no que tange à relação entre o Capitão e o Soldado Invernal. O terceiro ato nos apresenta uma reviravolta, que mostra uma conexão passada entre o Soldado Invernal e outro personagem do universo. Uma equipe competente, bons atores e um bom roteiro, o filme era um sucesso anunciado. E de fato é.

Author: Léo Francisco

Você nunca teve um amigo assim! Jornalista cultural, cinéfilo, assessor de imprensa, podcaster e fã de filmes da Disney e desenhos animados. Escrevo sobre cinema e Disney há mais de 18 anos e comecei a trabalhar com assessoria de imprensa em 2010. Além de fundador do Cadê o Léo?!, lançado em 13 de julho de 2002, também tenho um podcast chamado Papo Animado e um canal no YouTube.